Não quereria, contudo, minha Madre, que pensásseis que recito sem devoção as orações feitas em comum no coro ou nas ermidas. Pelo contrário, gosto muito das orações em comum, pois Jesus prometeu estar no meio daqueles que se reúnem em seu nome. Sei que então o fervor das minhas Irmãs faz as vezes do meu; mas, rezar o terço sozinha (envergonho-me de o confessar), custa-me mais do que pôr um instrumento de penitência… Reconheço que o rezo tão mal! Por mais que me esforce por meditar os mistérios do rosário, não consigo concentrar a atenção… Durante muito tempo desolei-me por essa falta de devoção, que me surpreendia, pois amo tanto a Santíssima Virgem, que me deveria ser fácil fazer em sua honra orações que lhe são agradáveis. Agora desolo-me menos, pois penso que a Rainha dos Céus, sendo a minha Mãe, deve ver a minha boa vontade e contentar-se com ela.
(Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms C 25vº, — Aqueles que me deste (1896-1897), Poder da oração e do sacrifício)
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