Teresinha com 15 anos |
(Abril 1888) |
A segunda-feira, 9 de Abril, dia em que o Carmelo celebrava a festa da Anunciação, transferida por causa da Quaresma, foi escolhida para a minha entrada. Na véspera, toda a familia estava reunida à volta da mesa à qual me deveria sentar pela última vez. Ah! como são dilacerantes estas reuniões íntimas! Quando se quereria ser esquecida, as carícias, as palavras mais ternas, são prodigalizadas, e fazem sentir o sacrifício da separação... O meu querido Rei não dizia quase nada, mas fixava em mim o seu olhar com amor. A nossa tia chorava de vez em quando, e o nosso tio fazia-me mil elogios afectuosos. A Joana e a Maria desfizeram-se também em delicadezas para comigo; [...] Na manhã do grande dia, depois de ter lançado um último olhar aos Buissonnets, esse ninho gracioso da minha infância, que não havia de voltar a ver, parti de braço dado com o meu querido Rei, para subir à Montanha do Carmelo... (Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms A 69rº, — Postulante e noviça no Carmelo (1888-1890), Sacrifício da separação) |
Sem comentários:
Enviar um comentário