28.1.14

A Florzinha de Jesus (7) — 'Deus me fazia sentir que a verdadeira glória é a que há-de durar eternamente'

Teresinha como
Joana D'Arc
(Janeiro 1895)
É verdade que, ao ler certos romances de cavalaria, não sentia sempre, ao primeiro impacto, a realidade da vida; mas depressa Deus me fazia [32rº] sentir que a verdadeira glória é a que há-de durar eternamente, e que para lá chegar não é preciso fazer actos heróicos, mas esconder-se e praticar a virtude, de tal maneira que a mão esquerda ignore o que faz a direita... Foi assim que, ao ler a narrativa das acções patrióticas das heroínas francesas, em particular da Venerável JOANA D'ARC, tinha um grande desejo de as imitar; parecia-me sentir em mim o mesmo ardor que as animava, a mesma inspiração celeste.

(Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms A 32rº,
— Estudo e vida espiritual (1883-1886), Atracção pela leitura)

8.1.14

A Florzinha de Jesus (6) — 'Deus mostrava-me claramente ... a maneira de Lhe agradar... '

Teresinha (noviça)
(Janeiro 1889)
O meu retiro da Profissão foi, portanto, como todos os que se lhe seguiram, um retiro de grande aridez. Contudo, Deus mostrava-me claramente, sem que disso me apercebesse, a maneira de Lhe agradar e de praticar as mais sublimes virtudes. Dei-me muitas vezes conta de que Jesus não me quer dar provisões. Alimenta-me a cada instante com um manjar completamente novo. Encontro-o em mim sem saber como lá está... Creio muito simplesmente que é o próprio Jesus, escondido no íntimo do meu coraçãozinho, que me dá a graça de agir em mim, e me faz pensar em tudo o que Ele quer que eu faça no momento presente.

(Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms A 76rº,
— Desde a Profissão até ao Oferecimento ao Amor misericordioso (1890-1895), A minha Profissão)