Teresinha como Joana D'Arc |
(Janeiro 1895) |
É verdade que, ao ler certos romances de cavalaria, não sentia sempre, ao primeiro impacto, a realidade da vida; mas depressa Deus me fazia [32rº] sentir que a verdadeira glória é a que há-de durar eternamente, e que para lá chegar não é preciso fazer actos heróicos, mas esconder-se e praticar a virtude, de tal maneira que a mão esquerda ignore o que faz a direita... Foi assim que, ao ler a narrativa das acções patrióticas das heroínas francesas, em particular da Venerável JOANA D'ARC, tinha um grande desejo de as imitar; parecia-me sentir em mim o mesmo ardor que as animava, a mesma inspiração celeste.
(Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms A 32rº, — Estudo e vida espiritual (1883-1886), Atracção pela leitura) |