29.9.13

Teresinha das Rosas (4) Holy Little Thérèse, shower down your roses on those who invoke you


Fonte: Archives du Carmel de Lisieux (Copies du fusain de Céline)

Descritivo (da Imagem / Postal):
Holy Little Thérèse,
Shower down your roses
On those who invoke you

S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael (Arcanjos)

Entre «os puros espíritos que também são denominados Anjos» (Credo do Povo de Deus), sobressaem três, que têm sido especialmente honrados, através dos séculos e a Liturgia une na mesma celebração. Além das funções próprias de todos os Anjos, eles aparecem-nos, na Escritura Sagrada, incumbidos de missão especial.
S. Miguel, Arcanjo



S. Miguel (= «Quem como Deus»?) é o príncipe dos Anjos, identificado, por vezes, como o Anjo do turíbulo de ouro de que fala o Apocalipse. É o Anjo dos supremos combates. É o melhor guia do cristão, na hora da viagem para a eternidade. É o protector da Igreja de Deus (Apoc. 12-19).
S. Gabriel, Arcanjo


S. Gabriel (= «Deus é a minha força») é o mensageiro da Incarnação (Dan. 9, 21-22). É o enviado das grandes embaixadas divinas: anuncia a Zacarias o nascimento do Precursor e revela a Maria o mistério da divina Maternidade. Pio XII, em 12 de Janeiro de 1951, declarou este Arcanjo patrono das telecomunicações.
S. Rafael, Arcanjo


S. Rafael (= «Medicina de Deus») manifesta-se na Bíblia como diligente e eficaz protector duma família, que se debate para não sucumbir às provações. É conselheiro, companheiro de viagem, defensor e médico. Honrando os Anjos, cuja existência nos é abundantemente testemunhada pela Sagrada Escritura, nós exaltamos o poder de Deus, Criador do mundo visível e invisível.




Fonte (texto): Secretariado Nacional de Liturgia (S. MIGUEL, S. GABRIEL e S. RAFAEL, Arcanjos — Nota Histórica)


NOTAS:
† Liturgia das horas
Das Homilias de São Gregório Magno, papa, sobre os Evangelhos
(Hom. 34, 8-9: PL 76, 1250-1251) (Sec. VI)


A palavra «Anjo» designa a sua função, não a sua natureza

Deveis saber que a palavra «Anjo» designa uma função, não uma natureza. Na verdade, aqueles santos espíritos da pátria celeste são sempre espíritos, mas nem sempre se podem chamar Anjos. Só são Anjos quando exercem a função de mensageiros. Os que transmitem mensagens de menor importância chamam-se Anjos; os que transmitem mensagens de maior transcendência chamam-se Arcanjos.
Esta é a razão pela qual à Virgem Maria não foi enviado um Anjo qualquer mas o Arcanjo Gabriel; de facto, era justo que para esta missão fosse enviado um Anjo superior, porque vinha anunciar a maior de todas as mensagens.
É pela mesma razão que se lhes atribuem nomes particulares, que designam a missão respectiva que desempenham. Na santa cidade do Céu, onde a visão de Deus omnipotente dá um perfeito conhecimento de tudo, não precisam de nomes próprios para se distinguirem uns dos outros; mas quando vêm realizar alguma missão junto dos homens, são conhecidos pelo nome da função que exercem.
Assim, Miguel significa «Quem como Deus?»; Gabriel, «Fortaleza de Deus»; e Rafael, «Medicina de Deus».
Quando se trata de realizar algum mistério que exige um poder especial, verifica-se que é Miguel o enviado, para dar a entender, pela sua acção e pelo seu nome, que ninguém pode actuar como Deus. Por isso aquele antigo inimigo, que pela sua soberba pretendeu ser semelhante a Deus, dizendo: Subirei até ao céu, levantarei o meu trono acima dos astros do céu e serei semelhante ao Altíssimo, será abandonado a si mesmo no fim do mundo e condenado ao extremo suplício. É este que São João no Apocalipse nos apresenta a combater contra o Arcanjo Miguel: Travou-se um combate no Céu contra o Arcanjo Miguel.
A Maria foi enviado Gabriel, que significa «Fortaleza de Deus», porque veio anunciar Aquele que, apesar da sua aparência humilde, havia de triunfar sobre os poderes superiores. Convinha, de facto, ser anunciado pela «Fortaleza de Deus» Aquele que vinha ao mundo como Senhor dos Exércitos e poderoso das batalhas.
Rafael, como dissemos, quer dizer «Medicina de Deus», como se compreende na missão que teve junto de Tobias: tocou-lhe os olhos como um médico e dissipou as trevas da sua cegueira. Por isso, aquele que foi enviado para curar, é chamado «Medicina de Deus».


(Fonte:S. MIGUEL, S. GABRIEL e S. RAFAEL, Arcanjos — Liturgia das horas)

23.9.13

São Pio de Petrelcina (Padre Pio), presbítero, (1887-1968)

São (Padre) Pio de Petrelcina
«Quanto a mim, Deus me livre de me gloriar a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Gál 6, 14).

Tal como o apóstolo Paulo, o Padre Pio de Pietrelcina colocou, no vértice da sua vida e do seu apostolado, a Cruz do seu Senhor como sua força, sabedoria e glória. Abrasado de amor por Jesus Cristo, com Ele se configurou imolando-se pela salvação do mundo. Foi tão generoso e perfeito no seguimento e imitação de Cristo Crucificado, que poderia ter dito: «Estou crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gál 2, 19). E os tesouros de graça que Deus lhe concedera com singular abundância, dispensou-os ele incessantemente com o seu ministério, servindo os homens e mulheres que a ele acorriam em número sempre maior e gerando uma multidão de filhos e filhas espirituais. (Continuar leitura...)

Fonte (texto): A Santa Sé (Padre Pio de Pietrelcina (1887-1968) )

São (Padre) Pio de Pietrelcina (Notas): sacerdote católico italiano, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos
(outras Notas): Wikipédia (Padre Pio), San Pio da Pietrelcina - Official site - Padre Pio, ...

20.9.13

Evangelium Diem (20/09/2013) — 'Acompanhavam-n'O os Doze e algumas mulheres'

Evangelho segundo S. Lucas 8,1-3.

Naquele tempo, Jesus ia de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, proclamando e anunciando a boa nova do Reino de Deus. Acompanhavam-n'O os Doze e algumas mulheres, que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demónios; Joana, mulher de Cuza, administrador de Herodes; Susana e muitas outras, que os serviam com os seus bens.


Reflexão
Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Discurso de 29/04/1979 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

Acompanhavam-n'O os Doze e algumas mulheres

É particularmente comovente meditar sobre a posição de Jesus a respeito da mulher. Ele deu provas de uma audácia surpreendente para aqueles tempos em que, no paganismo, a mulher era considerada objecto de prazer, de lucro e de trabalho e, no judaísmo, marginalizada e aviltada.
Jesus mostrou sempre a máxima estima e o máximo respeito para com a mulher, para com cada mulher, e foi particularmente sensível aos sofrimentos femininos. Ultrapassando as barreiras religiosas e sociais do seu tempo, Jesus restabeleceu a mulher na sua plena dignidade de pessoa humana diante de Deus e diante dos homens.

Como não recordar os seus encontros com Marta e Maria (Lc 10,38-42), com a Samaritana (Jo 4,1-42), com a viúva de Naim (Lc 7,11-17), com a mulher doente de hemorragia (Mt 9,20-22) e com a pecadora (Jo 8,3-9) em casa de Simão, o fariseu (Lc 7,36-50)? A sua simples enumeração faz vibrar o coração de comoção. E como não recordar sobretudo que Jesus quis associar aos Doze algumas mulheres (Lc 8,2-3), que O acompanhavam e serviam, e que O confortaram durante a via-sacra e aos pés da Cruz? E, depois da ressurreição, Jesus apareceu às piedosas mulheres e a Maria Madalena, encarregando-a de anunciar aos discípulos a sua Ressurreição (Mt 28,8). Desejando encarnar e entrar na nossa história humana, Jesus quis ter uma Mãe, Maria Santíssima, elevando assim a mulher ao cume mais alto e admirável da dignidade: Mãe do Deus Encarnado, Imaculada, elevada ao Céu, Rainha do Céu e da Terra.

Por isso vós, mulheres cristãs, como Maria Madalena e as outras mulheres do Evangelho, deveis anunciar e testemunhar ter Cristo ressuscitado verdadeiramente, ser Ele a nossa única e verdadeira consolação! Tende, por isso, em conta a vossa vida interior, reservando todos os dias um pequeno oásis de tempo para meditar e para rezar.

Fonte: Evangelho Quotidiano (comentário do dia)

17.9.13

Marie Pourquoi Je T'Aime... - Natasha St-Pier


'Pourquoi Je T'Aime Marie' - Natasha St-Pier
(D'après la poésie de Sainte Thérèse De Lisieux - Pourquoi je t’aime, ô Marie)
(Chaîne de 40homecinema - YouTube)

«Deve ver a minha boa vontade e contentar-se com ela»

Pois amo tanto a Santíssima Virgem

Não quereria, contudo, minha Madre, que pensásseis que recito sem devoção as orações feitas em comum no coro ou nas ermidas. Pelo contrário, gosto muito das orações em comum, pois Jesus prometeu estar no meio daqueles que se reúnem em seu nome. Sei que então o fervor das minhas Irmãs faz as vezes do meu; mas, rezar o terço sozinha (envergonho-me de o confessar), custa-me mais do que pôr um instrumento de penitência… Reconheço que o rezo tão mal! Por mais que me esforce por meditar os mistérios do rosário, não consigo concentrar a atenção… Durante muito tempo desolei-me por essa falta de devoção, que me surpreendia, pois amo tanto a Santíssima Virgem, que me deveria ser fácil fazer em sua honra orações que lhe são agradáveis. Agora desolo-me menos, pois penso que a Rainha dos Céus, sendo a minha Mãe, deve ver a minha boa vontade e contentar-se com ela.

(Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms C 25vº, — Aqueles que me deste (1896-1897), Poder da oração e do sacrifício)

15.9.13

Pietà (1499)


Pietà (1499)
Author: Michelangelo (1475 - 1564 — artist of the XVI century: sculptor, painter, architect, and poet)
(St. Peter's Basilica, Vatican City)

NOTAS DO DIA (Domingo, dia 15 de Setembro de 2013):

† Dia da Nossa Senhora das Dores
Nota Histórica: Presente junto da Cruz, Maria vive e sente os sofrimentos de Seu filho. Por isso a liturgia lhe dedica hoje especial atenção, depois de ter celebrado ontem a Exaltação da Santa Cruz. As dores da Virgem, unidas aos sofrimentos de Cristo foram redentoras, indicando-nos o caminho da nossa dor.
(Fonte:Secretariado Nacional de Liturgia)

† Dia de Festa da Igreja: Nossa Senhora das Dores
A festa de hoje liga-se a uma antiga tradição cristã. Contam que, na Sexta-feira da Paixão, Maria Santíssima voltou a encontrar-se com Jesus, seu filho. Foi um encontro triste e muito doloroso, pois Jesus havia sido açoitado, torturado e exposto à humilhação pública. Coroado de espinhos, Jesus arrastava até ao Calvário a pesada cruz, para aí ser crucificado. Sua Mãe, ao vê-lo tão mal tratado, com a coroa de espinhos, sofre de dor. Perdendo as forças, caiu por terra, vergada pela dor e pelo sofrimento de ver Jesus prestes a morrer suspenso na cruz. Recobrando os sentidos, reuniu todas as suas forças, acompanhou o filho e permaneceu ao pé da Cruz até ao fim.
Inicialmente, esta festa foi celebrada com o título de "Nossa Senhora da Piedade" e "Compaixão de Nossa Senhora". Depois, Bento XIII (1724-1730) promulgou a festa com o título de "Nossa Senhora das Dores".
Somos convidados, hoje, a meditar os episódios mais importantes que os Evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus: a profecia do velho Simeão (Lucas 2,33ss.); a fuga para o Egipto (Mateus 2,13ss.); a perda de Jesus aos doze anos, em Jerusalém (Lucas 2,41ss.); o caminho de Jesus para o Calvário (João 19:12ss.); a crucificação (João 19,17ss.); a deposição da cruz e o sepultamento (Lucas 23,50ss.).

(Fonte:Evangelho Quotidiano)

13.9.13

Digo simplesmente a Deus o que Lhe quero dizer…

Como é grande o poder da oração! Dir-se-ia uma rainha que tem livre acesso junto do rei a cada instante, e que pode obter tudo quanto pede. Para ser ouvida, não é de modo nenhum necessário ler num livro uma bela fórmula composta para aquela circunstância; se assim fosse, pobre de mim! Como seria digna de compaixão!... Fora do Ofício Divino, que sou muito indigna de recitar, não tenho coragem para me obrigar a procurar nos livros belas orações; isso faz-me doer a cabeça. Há tantas…, e todas tão belas, tanto umas como as outras… Não podendo recitá-las todas, e não sabendo qual escolher, faço como as crianças que não sabem ler: digo simplesmente a Deus o que Lhe quero dizer, sem compor belas frases, e Ele compreende-me sempre… Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o Céu, é um grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio da alegria; enfim, é algo [25vº] de grande, de sobrenatural, que me dilata a alma e me une a Jesus.

(Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms C 25rº-vº, — Aqueles que me deste (1896-1897), Poder da oração e do sacrifício)

8.9.13

«A Santíssima Virgem teve menos que nós,...»

The Birth of Mary (c.1485-1490)


The Birth of Mary (c.1485-1490)
Author: Domenico Ghirlandaio (1449 - 1494 — Florentine artist)
(Santa Maria Novella - main choir, Florence, Italy)

NOTAS DO DIA (Domingo, dia 08 de Setembro de 2013):

† Dia da NATIVIDADE DA VIRGEM SANTA MARIA
Nota Histórica: A vinda do Filho de Deus à terra, foi preparada, pouco a pouco, ao longo dos séculos, através de pessoas e acontecimentos. Entre as pessoas escolhidas por Deus para colaborarem no Seu projecto de salvação, houve uma, à qual foi confiada uma missão única: Maria, chamada a ser a Mãe do Salvador e cumulada, por isso, de todas as graças necessárias ao cumprimento dessa missão.
O nascimento de Maria foi, portanto, motivo de esperança para o mundo inteiro: anunciava já o de Jesus. Era a autora da salvação a despontar; «Ela vem ao mundo e com Ela o mundo é renovado. Ela nasce e a Igreja reveste-se da sua beleza». (Liturgia bizantina).
Felicitando a Mãe do Salvador, no dia do Seu aniversário natalício, peçamos a graça de à Sua semelhança, colaborarmos, generosamente, na salvação do mundo.

(Fonte:Secretariado Nacional de Liturgia)

† Dia de Festa da Igreja: Natividade de Nossa Senhora
A Natividade de Nossa Senhora é a festa de seu nascimento. É celebrada desde o início do cristianismo, no Oriente. E, no Ocidente, desde o século VII. O profundo significado desta festa é o próprio Filho de Deus, nascido de Maria para ser o nosso Salvador.
No seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus, o Pe. António Vieira diz: "Perguntai aos enfermos para que nasce esta Celestial Menina. Dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança; os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes: para Senhora da Paz; os desencaminhados: para Senhora da Guia; os cativos: para Senhora do Livramento; os cercados: para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes: para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna: para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida: para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos: para Senhora da Graça; e todos os seus devotos: para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz (...), dirão que nasce (...) para ser Maria e Mãe de Jesus".
(Apud José Leite, S. J., op. cit., Vol. III, p. 33.).

(Fonte:Evangelho Quotidiano)

6.9.13

Evangelium Diem (6/09/2013)

Evangelho segundo S. Lucas 5,33-39.

Naquele tempo, os fariseus e os escribas disseram a Jesus: «Os discípulos de João jejuam frequentemente e recitam orações; o mesmo fazem também os dos fariseus. Os teus, porém, comem e bebem!»

Jesus respondeu-lhes: «Podeis vós fazer jejuar os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles? Virão dias em que o Esposo lhes será tirado; então, nesses dias, hão-de jejuar.»

Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém recorta um bocado de roupa nova para o deitar em roupa velha; aliás, irá estragar-se a roupa nova, e também à roupa velha não se ajustará bem o remendo que vem da nova. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho novo rompe os odres e derrama-se, e os odres ficarão perdidos. Mas deve deitar-se vinho novo em odres novos. E ninguém, depois de ter bebido o velho, quer do novo, pois diz: 'O velho é que é bom!'»


Reflexão
Catecismo da Igreja Católica
§§ 133-134
O esposo está com eles

«Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus» (Rom 8,28). O testemunho dos santos não cessa de confirmar esta verdade. Assim, Santa Catarina de Sena diz aos «que se escandalizam e se revoltam contra o que lhes acontece»: «Tudo procede do amor, tudo está ordenado para a salvação do homem, e com nenhum outro fim.» E São Tomás Moro, pouco antes do seu martírio, consola a filha com estas palavras: «Nada pode acontecer-me que Deus não queira. E tudo o que Ele quer, por muito mau que nos pareça, é na verdade muito bom.» E Juliana de Norwich: «Compreendi pois, pela graça de Deus, que era necessário ater-me firmemente à fé [...] e crer, com não menos firmeza, que todas as coisas serão para bem. [...] E verás que todas as coisas são boas.»

Cremos firmemente que Deus é o Senhor do mundo e da história. Muitas vezes, porém, os caminhos da sua Providência são-nos desconhecidos. Só no fim, quando acabar o nosso conhecimento parcial e virmos Deus «face a face» (1Cor 13,12), é que nos serão plenamente conhecidos os caminhos pelos quais, mesmo através do mal e do pecado, Deus terá conduzido a criação ao repouso desse sábado definitivo em vista do qual criou o céu e a terra.

Fonte: Evangelho Quotidiano (comentário do dia)

5.9.13

Beata Teresa de Calcutá, religiosa, (+1997)

Beata Teresa de Calcutá, religiosa, (+1997)
Agnes Gonxha Bojaxhiu nome de baptismo da que ficou mundialmente conhecida por Madre Teresa de Calcutá, nasceu na Albânia (então Macedónia) em 1910 e tornou-se cidadã indiana, em 1948. Prémio Nobel da Paz em 1979. Oriunda de uma família católica, aos doze anos já estava determinada a ser missionária. Começou por fazer votos na congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto, aos 18 anos, na Irlanda, onde viveu. A sua vida na Índia começou como professora. Só ao fim de dez anos sentiu necessidade de criar a congregação das Irmãs da Caridade e dedicar a sua longa vida aos pobres abandonados e mais desprotegidos de Calcutá. Entre as suas prioridades estava matar a fome e ensinar a ler aos "mais pobres entre os pobres", bem como a leprosos, portadores de SIDA e mulheres abandonadas. Depois do Prémio Nobel, em 1979, passou a ser muito conhecida e as casas das Irmãs da Caridade contam-se hoje por centenas nos mais diversos países do Mundo. O seu exemplo de dedicação sem temer contrair doenças contagiosas, a sua vida exemplar, sempre na sua fé católica deram-lhe, em vida, a certeza de que era santa. Aguarda-se a sua canonização.

Fonte (texto): Evangelho Quotidiano (Beata Teresa de Calcutá, religiosa, +1997)

Madre Teresa de Calcutá (Notas): fundadora da Congregação das Irmãs da Caridade
(outras Notas): Wikipédia (Madre Teresa de Calcutá), In Infopédia [Em linha] (Madre Teresa de Calcutá), Missionárias da Caridade, ...

3.9.13

Evangelium Diem (3/09/2013)

Evangelho segundo S. Lucas 4,31-37.

Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaúm, cidade da Galileia, e a todos ensinava ao sábado.
E estavam maravilhados com o seu ensino, porque falava com autoridade.
Encontrava-se na sinagoga um homem que tinha um espírito demoníaco, o qual se pôs a bradar em alta voz:
«Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus!»
Jesus ordenou-lhe: «Cala-te e sai desse homem!» O demónio, arremessando o homem para o meio da assistência, saiu dele sem lhe fazer mal algum.
Dominados pelo espanto, diziam uns aos outros: «Que palavra é esta? Ordena com autoridade e poder aos espíritos malignos, e eles saem!»
A sua fama espalhou-se por todos os lugares daquela região.


Reflexão
São (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho
Ep 3, 626 e 570; CE 34
«Sai desse homem!»

As tentações não te devem assustar; por elas Deus quer testar e fortificar a tua alma e ao mesmo tempo dá-te a força de as vencer. Até aqui, a tua vida foi como a de uma criança; a partir de agora, o Senhor quer tratar-te como adulto. Ora, as provações de um adulto são muito superiores às duma criança, e é por isso que, a princípio, te sentes tão perturbado. Mas a vida da tua alma encontrará rapidamente a sua calma. Tem um pouco de paciência e tudo correrá pelo melhor.

Deixa, pois, de lado essas vãs preocupações. Lembra-te de que não é a sugestão do maligno que faz o mal, mas o consentimento dado às suas sugestões. Só uma vontade livre é capaz da fazer o bem ou o mal. Mas, quando a vontade geme sob a provação infligida pelo Tentador, se não quer o que lhe é proposto, isso não é falta mas virtude.

Guarda-te de cair na agitação ao lutar contra as tentações, pois isso só as fortalecerá. É preciso tratá-las com desprezo e não lhes ligar. Volta o teu pensamento para Jesus crucificado, para o seu corpo deposto nos teus braços e diz: «Eis a minha esperança, a fonte da minha alegria! Ligo-me a Ti com todo o meu ser, e não Te deixarei enquanto não me colocares em segurança.»

Fonte: Evangelho Quotidiano (comentário do dia)

«A terra parecia-me um lugar de exílio e sonhava com o Céu…»

2.9.13

Sonhava com o Céu…

Nunca acabaria, se quisesse contar mil pequenos episódios deste género que me ocorrem em multidão à memória… Ah! como poderei relatar todas as ternuras que o «Papá» prodigalizava à sua rainhazinha? Há coisas que o coração sente, mas que nem a palavra, nem sequer o pensamento conseguem transmitir…

Eram dias belos para mim, aqueles em que o meu querido rei me levava à pesca com ele. Gostava tanto do campo, das flores e das aves! Às vezes tentava pescar com a minha pequena cana; mas preferia ir sentar-me, sozinha, na erva florida. Então os meus pensamentos eram bem profundos e, sem saber o que era meditar, a minha alma mergulhava numa verdadeira oração… Ouvia os ruídos longínquos… o murmúrio do vento e até a música vaga dos soldados, cujo som chegava até mim, melancolizavam ternamente o meu coração… A terra parecia-me um lugar de exílio e sonhava com o Céu…

(Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms A 14vº, — Nos Buissonnets (1877-1881), Delicadezas do Papá)