19.11.13

Evangelium Diem (19/11/2013) — «Procurava ver Jesus»

Evangelho segundo S. Lucas 19,1-10.

Jesus tinha entrado em Jericó e atravessava a cidade. Havia ali um homem chamado Zaqueu: era chefe dos cobradores de impostos e muito rico. Zaqueu desejava ver quem era Jesus, mas não o conseguia, por causa da multidão, pois era muito baixo. Então correu à frente, subiu a um sicômoro para O ver, pois Jesus devia passar por ali. Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: «Desce depressa, Zaqueu, porque hoje preciso de ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria. Vendo isto, todos começaram a criticar, dizendo: «Ele foi hospedar-Se na casa de um pecador!». Zaqueu ficou de pé e disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres; e, se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais». Jesus disse-lhe: «Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. De facto, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido».


Reflexão
Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, co-padroeira da Europa
Carta 119, ao prior dos religiosos oliventinos

«Procurava ver Jesus»

Escrevo-vos com o desejo de que sejais um bom e corajoso pastor, que apazigue e governe com zelo perfeito as ovelhas que vos foram confiadas, imitando assim o doce Mestre da verdade, que deu a sua vida por nós, ovelhas transviadas, que estavamos longe do caminho da graça. É verdade […] que não o podemos fazer sem Deus e que não podemos possuir Deus permanecendo na terra. Mas eis um doce remédio: quando o coração é pequeno e humilde, é preciso agir como Zaqueu, que não era grande e subiu a uma árvore para ver Deus. O seu zelo fez com que merecesse escutar essa doce palavra: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.»

Devemos fazer assim quando somos baixos, quando temos o coração pequeno e pouca caridade: é preciso subir à árvore da mui santa cruz e de lá veremos e tocaremos Deus. Lá encontraremos o fogo da sua caridade inexprimível, o amor que O conduziu até à vergonha da cruz, que O exaltou e O fez desejar, com o ardor da fome e da sede, honrar seu Pai e obter a nossa salvação. […] Se assim quisermos, se a nossa negligência não levantar obstáculos, poderemos, subindo à árvore da cruz, realizar em nós essa palavra saída da boca da Verdade: «Quando Eu for elevado da terra atraírei todos a Mim» (cf Jo 12,32 Vulg). Com efeito, quando a alma se eleva deste modo, vê as benfeitorias da bondade e do poder do Pai […], vê a clemência e a abundância do Espírito Santo, esse amor inexprimível que prega Jesus ao madeiro da cruz. Nem os pregos nem cordas podiam prendê-Lo ali: somente a caridade. […] Subi a essa santa árvore onde se encontram os frutos maduros de todas as virtudes que o corpo do Filho de Deus nos traz; correi com ardor. Permanecei no santo e doce amor de Deus. Doce Jesus, Jesus amor.

Fonte: Evangelho Quotidiano (comentário do dia)

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