27.8.13

Teresinha das Rosas (3)


Fonte: Archives du Carmel de Lisieux (Copies du fusain de Céline)

Descritivo (da Imagem / Postal):
Je veux passer mom ciel à faire du bien sur la terre
France nº 207 — Beati

24.8.13

São Bartolomeu, apóstolo

São Bartolomeu, apóstolo
São Bartolomeu - filho de Tholmai - é um dos doze apóstolos.
Muitos o identificam com Natanael, mencionado em João 1,45 (ver abaixo: Evangelho segundo S. João 1,45-51): Jesus viu Natanael vindo até ele, e disse a seu respeito: "Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fraude". Natanael exclamou: "Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel". Jesus respondeu-lhe: "Crês só porque te disse: 'Eu vi-te sob a figueira'? Verás coisas maiores do que essas".
Além de João, Mateus, Marcos, Lucas, os Actos referem-se a ele como um dos Doze. Uma antiga tradição arménia afirma que o apóstolo Bartolomeu, que era da Galileia, foi para a Índia.
Pregou àquele povo a verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois de, naquela região, ter convertido muitos a Cristo, sustentando não poucas fadigas e superando muitas dificuldades, passou para a Arménia Maior, onde levou a fé cristã ao rei Polímio, a sua esposa e a mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja nos sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram obter ordem para tirar a pele de Bartolomeu e depois decapitá-lo.

Evangelho segundo S. João 1,45-51.
Naquele tempo, Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos aquele sobre quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas: Jesus, filho de José de Nazaré.»
Então disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?»
Filipe respondeu-lhe: «Vem e verás!»
Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse dele: «Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento.»
Disse-lhe Natanael: «Donde me conheces?»
Respondeu-lhe Jesus: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!»
Respondeu Natanael: «Rabi, Tu és o Filho de Deus! Tu és o Rei de Israel!»
Retorquiu-lhe Jesus: «Tu crês por Eu te ter dito: 'Vi-te debaixo da figueira'? Hás-de ver coisas maiores do que estas!»
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo por meio do Filho do Homem.»
(voltar à leitura: São Bartolomeu, apóstolo)

Fonte (texto): Evangelho Quotidiano (S. Bartolomeu, apóstolo)

São Bartolomeu (Notas): Festa (dia 24 de Agosto)
(outras Notas): Wikipédia (São Bartolomeu), SARRABAL (SÃO BARTOLOMEU - A VIDA E A LENDA), In Infopédia [Em linha] (São Bartolomeu), Cruz Terra Santa (História de São Bartolomeu), Secretariado Nacional de Liturgia (S. BARTOLOMEU, Apóstolo), ...

22.8.13

«A Santíssima Virgem é mais Mãe do que rainha»

A Rainha do Céu

Sabemos muito bem que a Santíssima Virgem é a Rainha do Céu e da terra, mas ela é mais mãe do que rainha, e não se deve dizer, por causa dos seus privilégios, que ela eclipsa a glória dos santos todos, como o sol, ao surgir, faz desaparecer as estrelas. Meu Deus! que estranho! Uma Mãe que faz desaparecer a glória dos filhos! Eu, por mim, penso absolutamente o contrário; acredito que ela engrandecerá muito o esplendor dos eleitos.

Está certo falar dos seus privilégios, mas não se deve dizer apenas isso e se, num sermão, somos obrigados do princípio ao fim, a exclamar Ah! Ah!, já chega! Quem sabe se alguma alma não irá sentir até um certo afastamento em relação a uma criatura de tal maneira superior, e não pensará: «Se é assim, mais vale ir brilhar conforme se puder em qualquer outro cantinho!»

O que a Santíssima Virgem tem a mais do que nós, é que não podia pecar, estava isenta do pecado original; mas, por outro lado, teve muito menos sorte do que nós, porque não teve uma Santíssima Virgem para amar. É uma doce consolação a mais para nós, e a menos para ela!

(Santa Teresinha do Menino Jesus, in 'Últimos Conselhos', 21.VIII.3)
(Fonte:Site Oficial da visita das Relíquias da Santa Teresinha do Menino Jesus a Portugal)

The Coronation of the Virgin (1645)


The Coronation of the Virgin (1645)
Author: Diego Velázquez (1599 - 1660 — painter — contemporary Baroque period — Spain)
(Museo del Prado, Madrid, Spain)

NOTAS DO DIA (22 de Agosto de 2013):

† Dia da VIRGEM SANTA MARIA, RAINHA
Nota Histórica: A festa litúrgica da Virgem Santa Maria, foi instituída por Pio XII. Celebra-se na oitava da Assunção de N.ª Senhora, para manifestar claramente a conexão que existe entre a realeza de Maria e a sua Assunção ao céu.
(Fonte:Secretariado Nacional de Liturgia)

† Dia de Festa da Igreja: Nossa Senhora Rainha
A festa de hoje foi instituída por Pio XII, em 1955. Antecedida pela festa da Assunção de Nossa Senhora, celebramos hoje aquela que é a Mãe de Jesus, Cabeça da Igreja, e nossa Mãe.
Pio XII assim fala de Nossa Senhora Rainha: "Procurem, pois, acercar-se agora com maior confiança do que antes, todos quantos recorrem ao trono de graça e de misericórdia da Rainha e Mãe Nossa, para implorar auxílio nas adversidades, luz nas trevas, conforto na dor e no pranto ... Há, em muitos países da terra, pessoas injustamente perseguidas por causa da sua profissão cristã, e privadas dos direitos humanos e divinos da liberdade ... A estes filhos atormentados e inocentes, volva os seus olhos misericordiosos, cuja luz serena as tempestades e dissipa as nuvens, a poderosa Senhora das coisas e dos tempos, que sabe aplacar as violências com o seu pé virginal; e a todos conceda que em breve possam gozar da merecida liberdade ... Todo aquele, pois, que honra a Senhora dos celestes e dos mortais, invoque-a como Rainha sempre presente, Medianeira de paz".

(Fonte:Evangelho Quotidiano)

20.8.13

«Saibamos pois conservar prisioneiro este Deus que Se faz mendigo do nosso amor»

O Divino Prisioneiro

Como ter medo d’Aquele que Se deixa prender por um cabelo que esvoaça no nosso pescoço!...

Saibamos pois conservar prisioneiro este Deus que Se faz mendigo do nosso amor. Ao dizer-nos que um só cabelo pode realizar este prodígio, mostra-nos que as mais pequenas acções feitas por amor são as que Lhe cativam o coração...

Ah! se fosse preciso fazer grandes coisas, quantos seríamos para lastimar?... Mas como somos felizes visto que Jesus se deixa prender pelas mais pequeninas...


(Santa Teresinha do Menino Jesus, in 'Carta 191')
(Fonte:Site Oficial da visita das Relíquias da Santa Teresinha do Menino Jesus a Portugal)

18.8.13

O Senhor é meu Pastor

Encontro-me numa fase da minha existência em que posso lançar um olhar sobre o passado. A minha alma amadureceu no crisol das provações exteriores e interiores; agora, como a flor fortalecida pela tempestade, volto a erguer a cabeça e vejo que em mim se realizam as palavras do salmo XXII: — «O Senhor é meu Pastor, nada me faltará. Ele me faz descansar em pastagens agradáveis e férteis. Conduz-me suavemente ao longo das águas. Conduz a minha alma sem a fatigar… Mas mesmo que descesse ao vale [3vº] da sombra da morte, não temeria nenhum mal, porque Vós estaríeis comigo, Senhor!...». O Senhor sempre foi compassivo e cheio de bondade para comigo… Tardo em castigar e abundante em misericórdias!... (SI. CII, v. 8).

(Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms A 3vº, — Alençon (1873-1877), Canta as misericórdias do Senhor)

Teresinha das Rosas (2)


Fonte: Archives du Carmel de Lisieux (Copies du fusain de Céline)

Descritivo (da Imagem / Postal):
Santa Teresinha do Menino Jesus
«Quero passar o meu Céo a fazer o(?) bem sobre a terra.
Depois da minha morte farei cahir uma chuva de rosas.»

Santa Teresinha do Menino Jesus - Parte 2/4


História da Santa Teresinha do Menino Jesus - Parte 2/4
(Autoria: rotadorosario - YouTube)

17.8.13

Santa Beatriz da Silva, religiosa, (+ 1490)

Santa Beatriz da Silva, religiosa, + 1490
Nasceu em terras portuguesas, em Campo Maior ou, talvez, em Ceuta. Pertencia à mais alta nobreza de Portugal, sendo aparentada com a própria Família Real.

Ainda jovem, acompanhou como dama de honra sua prima D. Isabel, Infanta portuguesa que partiu para Castela a fim de se casar com o rei daquela nação, João II.

Na Corte castelhana, a beleza deslumbrante de Beatriz logo atraiu para ela todas as atenções e a nova rainha, com ciúmes, concebeu o propósito de matá-la. Para isso prendeu-a numa arca sem ventilação. Dias depois, abriu a arca esperando encontrar um cadáver, mas achou Santa Beatriz viva e em perfeita saúde. A Santíssima Virgem aparecera-lhe durante a prisão e fizera-lhe companhia, preservando miraculosamente sua vida e incumbindo-a de fundar uma Ordem religiosa destinada a venerar a Imaculada Conceição.

A rainha arrependeu-se da sua maldade e autorizou Beatriz a retirar-se para um convento dominicano, em Toledo, onde viveu mais de 30 anos, não como religiosa, mas como pensionista, à espera da hora em que pudesse realizar a fundação. Já idosa, recebeu certo dia a visita da rainha Isabel, a Católica, filha daquela que tentara matá-la. Auxiliada por Isabel, fundou a Ordem das Concepcionistas.

Desde que se afastou da Corte, Beatriz havia adoptado o costume de conservar sempre o rosto velado, para evitar que sua beleza fosse ocasião de pecado. No leito de morte, quando lhe foi ministrada a Santa Unção, descobriram-lhe o rosto e, para grande surpresa, constatou-se que ela, embora tivesse mais de 60 anos de idade, tinha conservado a mesma fisionomia de jovem. Deus quis, por esse milagre, mostrar como Lhe era agradável a ilibada pureza de Santa Beatriz.

Fonte (texto): Evangelho Quotidiano (Santa Beatriz da Silva, religiosa, +1490)

Sta. Beatriz da Silva (Notas): fundadora da Ordem da Imaculada Conceição
(outras Notas): Santos da Arquidiocese de Évora, Wikipédia, Página Oriente, Arautos do Evangelho, ...

SS. Catherine of Siena, Mary Magdalene and Jerome (1498)


SS. Catherine of Siena, Mary Magdalene and Jerome (1498)
(Note: This is the left wing of the St.Agosino Altarpiece)
Author: Luca Signorelli (1441 - 1523 — Florence, Rome, Umbria, Tuscany, Perugia — Italy)
(Staatliche Museen zu Berlin, Gemäldegalerie, Berlin, Germany)

15.8.13

«Meu Deus, ... ‘Eu escolho tudo’ o que vós quereis!...»

Lembro-me de um sonho que tive

Este pormenor da minha infância é o resumo de toda a minha vida. Mais tarde quando encarei a perfeição, compreendi que para se vir a ser santa era preciso sofrer muito, procurar sempre o mais perfeito e esquecer-se de si mesma; compreendi que havia muitos graus na perfeição e que cada alma [10vº] era livre de responder aos apelos de Nosso Senhor, de fazer pouco ou muito por Ele, numa palavra, de escolher entre os sacrifícios que Ele pede. Então, como nos dias da minha primeira infância, exclamei: – «Meu Deus, eu escolho tudo. Não quero ser uma santa a meias; não tenho medo de sofrer por vós; só tenho medo de uma coisa, é de conservar a minha vontade, tomai-a, porque ‘Eu escolho tudo’ o que vós quereis!...» Tenho de parar; não devo falar ainda da minha juventude, mas do pequeno Diabrete de quatro anos. Lembro-me de um sonho que tive, creio que por esta idade, e que se gravou profundamente na minha imaginação. Uma noite, sonhei que saía para ir passear sozinha no jardim. Tendo chegado ao fundo dos degraus que era preciso subir para lá chegar, parei aterrorizada. Diante de mim, ao pé do caramanchão, estava um barril de cal e, em cima do barril, dois horrorosos diabinhos dançavam com uma agilidade surpreendente, apesar dos ferros de engomar que tinham nos pés; de repente lançaram sobre mim os seus olhos flamejantes, e logo no mesmo instante, parecendo muito mais assustados do que eu, precipitaram-se abaixo do barril e foram esconder-se na rouparia que ficava em frente. Vendo-os tão pouco valentes, quis saber o que iam fazer e aproximei-me da janela. Os pobres diabinhos andavam por lá, a correr em cima das mesas, e sem saber o que fazer para fugir ao meu olhar; algumas vezes aproximavam-se da janela, verificando, com ar inquieto, se eu ainda lá estaria e, vendo-me ainda, recomeçavam a correr como desesperados.
– Sem dúvida, este sonho nada tem de extraordinário; contudo, creio que Deus permitiu que me lembre dele para me provar que uma alma em estado de graça nada tem a temer dos demónios, que são uns cobardes, capazes de fugir diante do olhar de uma criança...

(Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms A 10vº, — Alençon (1873-1877), Escolho tudo)

12.8.13

Fazer desabrochar ... a mais humilde margarida

Assim como o sol ilumina ao mesmo tempo os cedros e cada uma das pequeninas flores como se fosse única sobre a terra, do mesmo modo Nosso Senhor se ocupa tão particularmente de cada alma, como se não tivesse outras semelhantes; e, como na natureza todas as estações estão ordenadas de maneira a fazer desabrochar, no dia marcado, a mais humilde margarida, do mesmo modo tudo converge para o bem de cada alma.

(Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms A 3rº, — Alençon (1873-1877))

The Mystic Marriage of St. Catherine of Siena, with Eight Saints (1511)


The Mystic Marriage of St. Catherine of Siena, with Eight Saints (1511)
Author: Fra Bartolommeo (1472 - 1517 — Monge Dominicano — Itália)
(Louvre, Paris, France)

10.8.13

São essas as suas flores campestres cuja simplicidade O encanta…

Compreendi ainda que o amor de Nosso Senhor se revela tanto na alma mais simples que em nada resiste à sua graça, como na alma mais sublime. Com efeito, sendo próprio do amor baixar-se, se todas as almas se parecessem com as dos Santos doutores que iluminaram a Igreja [3rº] com a claridade da sua doutrina, parece que Deus não desceria muito ao vir ao seu coração. Mas ele criou a criança que nada sabe e não faz ouvir senão débeis gemidos; criou o pobre selvagem que para se guiar não tem, senão a lei natural; e é até esses corações que se digna baixar, são essas as suas flores campestres cuja simplicidade O encanta… Descendo assim, Deus mostra a sua grandeza infinita.

(Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms A 3rº, — Alençon (1873-1877))

9.8.13

‘Poemas’ Pintados (2) sainte Thérèse de l'Enfant Jésus, in 'l'église Saint-Marc'


Représentation de sainte Thérèse de l'Enfant Jésus (vitrail de 1933 d'Henri Gesta)
l'église Saint-Marc (Montagnac-d'Auberoche, Dordogne, France) - (Author: Père Igor)

7.8.13

Em fazer a sua vontade, em ser o que Ele quer que sejamos

Durante muito tempo perguntei a mim própria porque tinha Deus preferências, porque não recebiam todas as almas um grau igual de graças; admirava-me por O ver prodigalizar favores extraordinários aos Santos que O tinham [2vº] ofendido, como S. Paulo, Santo Agostinho, e que forçava, por assim dizer, a receberem as suas graças; ou então, ao ler a vida de santos a quem aprouve a Nosso Senhor acarinhar do berço ao túmulo, sem deixar no seu caminho nenhum obstáculo que os impedisse de se elevarem para Ele, e predispondo essas almas com tais favores que não podiam ofuscar o brilho imaculado da sua veste baptismal, perguntava-me por que razão os pobres selvagens, por exemplo, haviam de morrer em tão grande número sem sequer terem ouvido pronunciar o nome de Deus… Jesus dignou-se instruir-me acerca deste mistério. Pôs-me diante dos olhos o livro da natureza, e compreendi que todas as flores que ele criou são belas, que o esplendor da rosa e a alvura do lírio não tiram o perfume à pequena violeta nem a simplicidade encantadora à margarida… Compreendi que, se todas as pequeninas flores quisessem ser rosas, a natureza perderia o seu adorno primaveril, os campos não ficariam esmaltados de florzinhas…

Assim acontece no mundo das almas, que é o jardim de Jesus. Ele quis os grandes Santos, que podem ser comparados aos lírios e às rosas; mas criou também outros mais pequenos, e estes devem contentar-se com serem margaridas ou violetas, destinadas a deleitar os olhares de Deus quando olha para o chão. A perfeição consiste em fazer a sua vontade, em ser o que Ele quer que sejamos…

(Teresa de Lisieux, in 'História de uma Alma', Ms A 2vº, — Alençon (1873-1877))